quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Adeus, ano velho!

Olá pessoas do mundo real, acho que vocês existem ou não, talvez só tenha eu aqui, mas isso não importa gosto daqui de qualquer jeito. 
O ano velho foi caótico, trágico, perturbador e qualquer outro adjetivo/palavra que exista para descrever os acontecimentos inesperados que houveram. Particularmente pra mim, foi um ano confuso, de grandes descobertas e crises existenciais. Acho que essa é a forma certa de resumir o meu ano. Mas agora coisas novas se iniciam, não sei direito o que, podem ser novas decepções, novos problemas, novos corações partidos ou novas oportunidades incríveis de crescer.
Acho que hoje posso dizer que sei quem sou, ou pelo menos tenho uma pequena ideia de quem sou, mesmo não sabendo o que serei no futuro. Essa é a coisa boa de viver, pode ser sofrido, mas é muito bom não saber o que vai acontecer amanhã, porque o que importa é o agora. 
O ano velho me trouxe uma coisa muito boa, esse blog. Pode não parecer grande coisa, mas pra mim é uma coisa imensa, as pequenas vitórias e acontecimentos são o que mais me trazem alegria, e essa pequena conquista aqui, me traz uma alegria infinita só por existir.
Sei que parece meio hipócrita da minha parte dizer isso depois de não ter dado a atenção que o blog precisava, mas essa sou eu.
Não sou boa em lidar com cronogramas e planejamentos, não adianta eu criar um cronograma de postagem ou algo assim, porque provavelmente não vou cumprir. Pode ser por falta de tempo ou simplesmente por eu não querer ou não me sentir bem para fazer algo novo. Esse é um lugar seguro, onde venho e faço o que quero e gosto, coisas pré definidas me dão agonia. Sou uma pessoa complexa e confusa demais, e apesar disso nesse novo ano, quero ser uma pessoa responsável aqui. Vou cuidar disso direito, vou dar a atenção que esse blog precisa e merece. Talvez um dia ele tenha alguma importância no mundo.
Agora novos começos virão, pessoas novas que vão ajudar o Dilemma Book a crescer, porque ainda somos um bebê recém nascido. Pessoas essas com qualidades excepcionais e próprias, que trarão pra cá um pouco delas mesma, seja através de resenha para livros, filmes ou séries, o importante está nos detalhes. 
O Dilemma Book passará por mudanças, quero que ele mostre quem eu sou - quem somos -, é hora desse blog deixa de ser impessoal, é o momento de ter uma personalidade própria. A qualquer momento coisas novas aparecerão, no agora, sem cronogramas ou rotina, sem sentido. Porque nem o sentido da vida é tão bom assim.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Resenha do livro: O Ar que Ele Respira de Brittainy C. Cherry




Título Original: The Air He Breathes.
Editora: Record
Ano: 2016
Páginas: 308
Gênero: Romance / Drama

Sinopse: O novo romance da autora de Sr. Daniels. Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.

Sabe aqueles livros que despertam em nós os sentimentos mais profundos? Esse é um deles. O Ar que Ele Respira, não conta simplesmente uma história, ele tocar nossos corações. E aquele tipo de livro que não nos deixa dormi antes da chegada da última página. A trama gira em torno de Elizabeth, que após perde o marido em um grave acidente de carro decide passar um tempo na casa da mãe na esperança de fugir das lembranças de seu casamento feliz com Steve. Um ano depois Lizzie ainda está devastada pela perda de seu grande amor, mas encontra em sua filha, a pequena Emma força para seguir em frente e volta a sua antiga casa em Meadows Creek onde um dia construiu uma vida, sonhos e uma família feliz.

“Eu a amava mais do que ela poderia imaginar. Se não fosse por ela, com certeza eu teria me rendido ao luto. Emma salvou minha alma. ”
Pág. 19


Meadows Creek é uma cidade pequena onde todo mundo sabe da vida dos outros, mas esse era o lar de Lizzie, e nesse lugar que ela vai tenta retomar o controle de sua vida, cuida de sua filha, volta a trabalhar, supera a morte e as lembranças do marido que estão por toda parte e, principalmente, conserta seu coração que ainda está aos pedaços. No meio de tudo isso Lizzie conhece Tristan Cole, o esquisitão da cidade.

Tristan é seu vizinho e conhecido na cidade como um homem grosseiro e extremamente antipático. Solitário e totalmente fechado – não fala com ninguém ou quando fala é para proferir grosseiras – não cuida da aparência, está sempre com o cabelo é a barba bem compridos e tem cara de poucos amigos (isso dá mais motivos para a população da cidade pequena taxá-lo de perigoso) logo de início Lizzie e Tristan não se dão bem, já que ele não perde a oportunidade de despejar sua amargura nela, mas ele desperta sensações inesperadas em Lizzie que estavam há muito adormecidas. E com o tempo ela percebi que as atitudes dele é apenas uma forma de manter todos afastados.

“A voz de Tristan estava trêmula, assim como seu corpo. Ele não se dirigia a mim. Nós dois estávamos em mundos separados, feitos de nossas pequenas recordações, e, ainda assim, conseguíamos sentir a dor um do outro. A solidão reconhecia a solidão. E hoje, pela primeira vez, consegui enxergar o homem por trás da barba. ”
Pág. 69

Apesar do modo agressivo de Tristan é das advertências para Lizzie manter distância dele, ela tenta se aproxima, porque perceber que existem semelhanças entre eles. Aos poucos ela vai entrando na vida de Tristan, não é fácil está perto dele, pelo contrário é muito difícil aturar as mudanças constantes de humor, as grosserias gratuitas e as fofocas que rola entre os vizinhos que a todo custo querem se meter na vida dela. Mas ela começa a tomar as rédeas de sua própria vida e se mostra uma mulher forte e decidida, ela fara o possível para descobrir o que aconteceu na vida de Tristan para deixa-lo tão desacreditado de qualquer tipo de felicidade.

“Sabe aquele lugar entre os sonhos e os pesadelos? Aquele lugar onde o amanhã não chega e o passado não dói mais? O lugar onde seu coração bate em sintonia com o meu? Aquele lugar onde o tempo não existe e é mais fácil para de respirar? Quero viver nesse lugar com você."
Pág. 179

O ar que ele respira é um livro com uma grande carga emocional, Elizabeth perdeu uma parte sua, mas Tristan possui uma história ainda mais trágica, sua dor é tão grande que o simples ato de respira já torna uma tarefa difícil. Ele carrega muitas sequelas do passado, mas é através desse passado que possuem, das marcas que carregarão pela vida inteira e da dor que ambos precisam curar para almejar um futuro, que eles se unem, mostrando que o amor tem o poder de curar ou pelo menos amenizar a dor de um coração partido.

Narrado em primeira pessoa, principalmente sob a perspectiva de Elizabeth, mas contando com alguns capítulos narrados por Tristan, ficamos sabendo de maneira intercalada um pouco mais de cada um dos personagens e dos seus medos e inseguranças, um formato de escrita que me agradou muito. Os personagens secundários são ótimos, totalmente engajados na premissa. Famílias, amigos e até inimigos foram bem retratados no livro, cada um teve importância na história, com seus devidos finais e com suas histórias de tirar o fôlego, que me deixaram arrepiada. A diagramação é simples e impecável, a capa que retrata o protagonista é linda. As folhas são amareladas tornando a leitura muito agradável. Esse livro faz parte de uma série, que cada livro vai falar sobre os 4 elementos:  Ar, Fogo, Terra e Água, os personagens vão ser diferentes e vão poder ser lidos separadamente

“Às vezes, a pior parte de existir sem a pessoa que amamos é ter que se lembrar de respirar. ”
Pág. 104

A escrita da Brittainy C. Cherry é maravilhosa, cheia de sentimentos, os personagens amam livros, sofrem, amam, e novamente buscam a esperança, o ar para respirar.  É um livro carregado de sentimentos, nele você vai chorar, vai ficar com raiva, vai rir e finalmente vai perder o ar e recuperar novamente a vontade de viver.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Resenha do livro: A 5ª Onda de Rick Yancey




Título Original: The 5th Wave
Editora: Fundamento
Ano: 2013
Páginas: 362
Gênero: Aventura/Distopia/Romance

Sinopse: Depois da primeira onda, só restou a escuridão. Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram. Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram. Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém. Agora inicia-se A QUINTA ONDA. No alvorecer da quinta onda, em um trecho isolado da rodovia, Cassie foge deles. Os seres que parecem humanos, que andam pelo campo matando qualquer um. Que dispersaram os últimos sobreviventes da Terra. Cassie acredita que, estar sozinho é estar vivo, até que conhece Evan Walker. Sedutor e misterioso, Evan Walker pode ser a única esperança de Cassie para resgatar seu irmão — ou até a si mesma. Mas Cassie deve escolher entre a esperança e o desespero, entre a rebeldia e a entrega, entre a vida e a morte. Entre desistir ou contra-atacar. 

O mundo está destruído, os “Outros” o destruíram. No início do livro Cassie nos conta tudo o que aconteceu até o momento. Começou de forma calma, eles simplesmente apareceram com grandes naves sobre a Terra e ficaram lá parados despertado o interesse é a curiosidade de todos. Eles ficaram durante algum tempo em silencio, parados até a curiosidade de todos acabarem. E então aconteceu a 1ª onda: Apagam – se as luzes, depois disso vieram mais ondas, a 2ª onda: desastres naturais, tsunamis que mataram muitas pessoas e destruíram a civilização e modernidade. A 3ª onda: um vírus que matou a todos que infectou, fazendo com que a morte fosse pestilenta, dolorosa, asquerosa e desesperadora. É a 4ª onda: humanos matando uns aos outros, a verdade é que muitos dos Outros já estavam na Terra, adormecidos, vivendo como humanos. O objetivo deles? Matar os que sobreviveram. Cassie. Não Cassie de Cassandra, ou Cassie de Cassidy. Cassie de Cassiopeia, é isso que ela nos conta, agora ela espera a 5ª onda começa, mesmo não sabendo qual será, nem se ainda há algum humano vivo além dela, mas tem certeza que ela vai vir e acaba com o que resta da humanidade.

"Estamos mortos. Agora não há mais ninguém. Há os mortos-do-passado e os mortos-do-futuro. Cadáveres e futuros cadáveres"
Pág. 93

Um mundo perigoso é imprevisível, onde a regra número um de sobrevivência é “Não confie em ninguém”, nos vemos presos em uma leitura difícil de parar, com uma trama maravilhosa cheia de momentos emocionantes e sentimentais. A escrita do Rick Yancey é incrível, ele faz com que o leitor reflita e questione muitas coisas de sua própria vida ao longo do livro.

Os personagens são fantásticos, Cassie a protagonista mudou completamente após a chegada dos “Outros”, ela mesma diz que tem a Cassie de agora que luta pela sobrevivência é a Cassie de antes que ela chama de a Antiga Cassie, a que só pensava em garotos e coisas normais, essa não existi mais.

"Achei que sabia o que significava solidão antes de ele ter me encontrado, mas agora sei que não tinha a menor ideia. É impossível saber o que é a verdadeira solidão até ter conhecido o oposto."
Pág. 247

O que me fez gosta dos personagens foi a humanidade deles, por exemplo a Cassie, ela não era boa com armas, nem inteligente e muito menos corajosa, ela era só uma garota normal tentando sobreviver em meio ao caos. Todos os personagens são assim, imperfeitos, cada um tem histórias e personalidades distintas que nos faz refleti – entre todos o meu preferido é o Evan, ele é um personagem maravilhoso – assim eles seguem aprendendo pouco a pouco como sobreviver, eles são exemplo de força e determinação. Estão sempre seguindo em frente, mesmo quando estão feridos e com os corações partidos, quando caem eles levantam e lutam mesmo de joelhos.

"Porque, se eu for a última, então eu sou a Humanidade. E se essa for a última guerra da Humanidade, então eu sou o campo de batalha." 
Pág. 88

Tem romance? Sim! Um romance maravilhoso na dose certa, que não tira o foco dos alienígenas.

"– Entendi tudo errado – Evan continua. – Antes de achar você, pensei que a única forma de me manter inteiro era encontrando um motivo para viver. Não é assim. Para continuar inteiro, é preciso encontrar alguma coisa pela qual se está disposto morrer."
Pág. 228

Rick Yancey com sua escrita cativante, narrada em terceira pessoa, nos presenteia com uma história de tirar o fôlego. A capa é linda tem um simbolismo que a destaca. A diagramação é simples, as folhas são amarelas é a divisão dos capítulos é ótima.

Esse livro com toda certeza está entre as melhores distopias que já li, favoritado e super recomendo. Leiam por favor!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Resenha do livro: Gata Branca de Holly Black





Título Original: White Cat
Autora: Holly Black
Editora: Rocco
Ano: 2012
Páginas: 360
Gênero: Juvenil/Fantasia/Sobrenatural/Suspense

Sinopse: Num mundo em que maldições são reais e mãos nuas são tão perigosas quanto facas, Cassel Sharpe vai precisar desvendar seu passado. Filho mais novo de uma família de Mestres da Maldição que se tornaram gângsteres poderosos, ele terá que deixar para trás a vida que construiu e mergulhar de cabeça num mistério que está em seu sangue e acompanha todas as suas lembranças. E isso pode ter sérias consequências.

Gata Branca é o primeiro livro da trilogia Mestres da Maldição. A história se passa em um mundo alternativo em que existem pessoas com poderes. Eles são chamados de mestres ou hiperbatogâmio, pois são capazes de mudar a sorte, as emoções, manipular memórias, causar danos físicos e até a morte. As pessoas podem ser afetadas por um simples toque das mãos e acabam sendo “amaldiçoadas”. Mas nem tudo é perfeito e usar poderes se tornou ilegal, ou seja, quem é um mestre, é considerando criminoso. 

O governo tomou várias medidas contra as maldições e uma delas é que todos os mestres são obrigados a usar luvas. Porém, toda a população passou a usá-las como medida de proteção, como também a usar amuletos para que mesmo que tenham sido tocados, a maldição não funcione. Com a proibição das maldições, surgiram as famílias mafiosas e os mestres se uniram aos criminosos mais poderosos.

Cassel Sharpe, 17 anos, o protagonista, vem de uma família de mestres de primeira que estão sempre quebrando as regras e vivem dos golpes que pregam nas pessoas. A autora conseguiu ir além da trama da família de Cassel e explorou todo o universo dos mestres, mas sempre com o foco nas famílias da máfia e seus segredos. Ela também mostra como é a relação de Cassel com a família e como ele se sente em relação a todos. Ele não é mestre e é o único filho normal da família, por isso sempre se sentiu excluído. Embora Cassel e sua família não se deem muito bem, eles acreditam que devam confiar uns aos outros e procuram se ajudar mutualmente.

Cassel é maravilhoso, pois é muito engraçado e carismático. Ele me conquistou com seu charme e me fez confiar nele desde o início. Também gostei da maneira como ele tentava se distanciar da família criminosa, mas não se esforçava para ser exatamente honesto. Isso tornou Cassel mais humano, o que é ótimo. Gostei dos irmãos de Cassel, Philip e Barron, por serem diferentes e bem desenvolvidos. A mãe deles parece ser uma pessoa bem difícil de lidar e muitas vezes só pensa em si mesma, mas mesmo assim ama os filhos e é uma pessoa bem carente. 

" As mentiras mais fáceis de contar são as que você quer que sejam verdade."
Pág. 224

Cassel tem dois amigos, Sam Yu e Daneca Wasserman, que são bem legais e divertidos. Sam é meio nerd e aficionado por ciências e filmes de terror. Já Daneca faz parte de grupos de debate e defende os direitos dos mestres para que possam usar seus talentos legalmente. No início, eles não são amigos, mas Cassel acaba aprendendo a confiar neles.
Apesar de termos provas que ele é mal, eu nunca acreditei que Cassel fosse uma má pessoa. Cassel tem um segredo no passado que o atormenta até hoje e que vai cobrar sua dívida. Com isso, acontece toda uma reviravolta e segredos são revelados, problemas precisam ser resolvidos e novos aparecem. 

" Sabe o que costumavam dizer sobre garotos como você? São inteligentes como o diabo e duas vezes mais bonitos do que ele. "
Pág. 143

O livro é narrado por Cassel em primeira pessoa. Gostei muito da capa, já que a achei bem enigmática e combina com o conteúdo do livro. A diagramação é simples e as páginas brancas. E o título é perfeito! Tem sempre um mistério e um suspense. Quando comecei a leitura, não consegui mais parar de ler.

O livro me prendeu muito porque tem uma trama extremamente boa, sutil, direta e sem enrolação. Sobre a escrita da autora, eu particularmente gosto da forma que ela escreve. Nesse livro, ela vai no ponto certo e não perde tempo com muitos rodeios.  Eu gostei bastante do livro, apesar de algumas falhas que eu espero que sejam concertadas nos próximos volumes. 

sábado, 13 de agosto de 2016

Resenha da Série: Stranger Things – 1ª Temporada




Gênero: Suspense/Drama/Ficção Cientifica/Terror
Duração: 42 – 55 minutos
Ano: 2016

Sinopse: Ambientada no ano de 1983, Stranger Things decorre na fictícia cidade de Hawkins, Indiana, onde um garoto de 12 anos desapareceu misteriosamente sem deixar rastros. Enquanto procuram por respostas, a polícia local, a família e os amigos do menino acabam mergulhando em um extraordinário mistério envolvendo um experimento secreto do governo, forças sobrenaturais e uma garotinha muito estranha.

Uma verdadeira carta de amor aos anos 1980, Stranger Things é uma websérie americana, original Netflix que estreou no dia 15 de julho. Criada pelos irmãos Matt e Ross Duffer, a série que contém oito episódios, se passa no ano de 1983 e é altamente tematizada pelos elementos culturais da década de oitenta, ela exala homenagens desde a trilha sonora toda remetente aos marcantes sintetizadores da época, ao vestuário é o roteiro que é maravilhoso, que nos dar a impressão de que foi escrito a quase quarenta anos atrás, por ser satisfatoriamente digno da década de oitenta.


A trama é marcada pela simplicidade, gira em torno de um garoto – Will Byers – que desaparece misteriosamente na pequena cidade de Hawkins, sua mãe Joyce e seus grandes esforços em encontra-lo, mesmo sem nenhuma pista, é os amigos que também vão à busca, no caminho eles encontram uma estranha menina com incríveis poderes telecinéticos chamada Eleven (Onze).

Intrigante é um pouco assustadora em alguns momentos, Stranger Things é uma das séries mais populares da atualidade, o sucesso está sendo tão grande que ela ultrapassou Game of Thrones em popularidade.



Essa série é totalmente maravilhosa, ela tem toda essa coisa de terror e mistério, a todo momento coisas bizarras estão acontecendo que acabam deixado pistas ou outra coisa estranha que surgi do nada e atiçar a curiosidade de querer saber o que está acontecendo, ela é completamente envolvente.


Os irmãos Duffer fizeram um ótimo trabalho com a série, ela não peca em nada, o jeito como ela foi escrita e muito legal, não apenas os diálogos, mas narrativamente, é tudo muito bem feito, a forma como tudo vai acontecendo. Por exemplo o primeiro episódio deixa todas as cartas na mesa, a partir daí cada momento cuida de um aspecto da série que vai se desenvolvendo, ela tem alguns cliffhanger – que são situações ou revelações surpreendentes que nos deixam querendo ver o próximo episódio – tem o formato de série, mas acaba deixado a impressão que estamos vendo um grande filme, provavelmente por ela ser mais curta que o normal e ter começo, meio e fim tudo certinho.


A série como já foi dito tem muitas homenagens aos anos oitenta, ela é cheia de referências aos filmes daquela época do Steven Spielberg. Filmes como: E.T. , A Hora do Pesadelo, Goonies e Conta Comigo. Tem uma descrição que eu não sei quem fez, que diz: “ E como se Steven Spielberg estivesse dirigindo uma adaptação de um livro do Stephen King.”, essa descrição é perfeita, porque nos dar uma noção de o quanto a série é maravilhosa e que mesmo ela sendo cheia de homenagens ela tem um identidade completamente nova.

A trama tem personagens maravilhosos, a atriz Winona Ryder, que faz a mãe do Will, ela é incrível, foi possível ver com perfeição toda dor e desespero de uma mãe que está perdendo um filho é o desespero na busca para encontrá-lo.

A série e dividida em núcleos, temos o núcleo dos adultos, o dos adolescentes é o das crianças, isso é mais uma característica maravilhosa da série, porque cada núcleo tem uma história própria e faz a gente pensar que isso não tem nada ver com a trama principal, mas todos os núcleos acabam convergindo para o mesmo ponto.


A melhor coisa da série são as crianças, o elenco infantil é o ponto forte da série, eles são sensacionais, principalmente a atriz que faz a Eleven, a carismática Millie Bobby Brown, ela é a melhor criança em cena, eu achei legal que para fazer a série ela tinha que raspa o cabelo e inicialmente ela não queria, mas os irmãos Duffer mostraram como a Charlize Theron ficou linda em Mad Max: Estrada da Fúria, isso inspirou a Millie a aceitar raspa o cabelo.

Mas não foi apenas ela que brilhou, as outras crianças também são incríveis, todos eles, Mike, Dustin, Lucas juntamente com a Eleven preencheram a trama com uma deliciosa inocência, fantasia e ciência. Eles são a peça principal do enredo: a amizade, isso toma o centro da história.
No primeiro episódio já passamos a amar aquelas crianças é a amizade deles. Eles são cômicos, e tem toda a nerdice deles, eles estão sempre falando de Stars Wars, Horbit, Senhor dos Anéis e HQ dos X-men. Cada um deles traz uma dinâmica entre alívios cômicos e desesperos que apenas uma criança pode sentir. 
A série é maravilhosa, super recomendo, e mais maravilhosa ainda é a notícia de que vai ter 2° temporada. Vejam Stranger Things!




terça-feira, 9 de agosto de 2016

Resenha do livro: Príncipe Mecânico de Cassandra Clare




Título Original: Clockwork Prince
Autor (a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Páginas: 364
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/Suspense/Romance

Sinopse: Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que foi de Nova York para Londres — ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada — foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.

Obs.: Contém spoiler de Anjo Mecânico.

Príncipe Mecânico é o segundo volume da trilogia “As Peças Infernais” de Cassandra Clare. Arrebatador, destruidor e maravilhoso esse é Príncipe Mecânico, mais uma vez Cassandra nos surpreender com uma história maravilhosa que vai nos destruindo do começo ao fim. A série situada no mesmo mundo de Os Instrumentos Mortais, se passa em Londres no ano de 1878, continuamos a ver a vida de Tessa Gray na busca de descobrir quem é, e na luta contra o magistrado.

O quanto nossa vida pode mudar em um curto período de tempo? Muito, a vida de Tessa Gray mudou completamente, desde de que saiu de Nova York para Londres, as coisas pioram cada vez mais. Nesse curto período de tempo Tessa descobriu um mundo completamente desconhecido pelos humanos, descobriu que possui um poder inimaginável é se apaixonou por dois rapazes incrivelmente maravilhosos. É bastante coisa aconteceu, e vem mais por aí ainda.

No Instituto de Londres, Tessa encontra segurança com os Caçadores de Sombras, mas tudo que é bom dura pouco, a luta contra o magistrado continua e cada vez mais Tessa sabe menos sobre si mesma. Com sua segurança é o recente lar que encontrou ameaçado por forças traidoras da Clave e do próprio Instituto, Tessa ira luta contra todas as ameaças que estão no seu caminho e no de seus amigos, vai conta principalmente com a ajuda do bonito e auto-destrutivo Will Herondale e o encantador e dedicado Jem Carstairs. No meio de toda essa bagunça Tessa descobri que essa guerra do magistrado contra os Caçadores de Sombras tem um motivo profundamente pessoal e que a verdade sobre o que ela realmente é e mais sinistra do que ela imaginava.

"O prazer de uma pessoa às vezes é o veneno de outra , não acha?"
Pág. 60

E não menos importante o triangulo amoroso mais perfeito e apaixonante da história, onde vemos Tessa descobri que seu coração está cada vez mais atraído por Jem, mas que seu desejo por Will, apesar de seu modo sombrio, ainda continua a perturbá-la bastante. Três pessoas envolvidas por um forte sentimento, ligadas uma a outra por algo mais forte ainda. Nesse livro descobrimos que quando o amor e as mentiras se misturam, eles podem corromper até o mais puro dos corações, porque o verdadeiro mal só vem quando se corrompe algo puramente bom.

“Não se pode comprar, alucinar ou sonhar um caminho para fugir da dor.”
Pág. 161 

Princípe mecânico mais uma obra brilhante da Cassandra Clare, o livro nos faz sofrer do início ao fim, com um turbilhão de emoções no decorre da trama. Nesse volume podemos dá uma respirada, por ser um pouco mais calmo em relação a ação, porque nele a autora foco mais no desenvolvimento sentimental e psicológico dos personagens nos fazendo fica cada vez mais envolvidos com eles. Cassie possui esse dom de nos fazer amar e odiar seus personagens com grande intensidade para depois fazer nossos corações sangrarem com a hipótese de que coisas ruins possam acontecer.

"Queria fazê-la rir.Queria sentar e ouvi-la falar sobre livros até suas orelhas caírem.Mas todas essas eram coisas que ele não podia querer, pois eram coisas que não podia ter, e querer o que não se pode ter leva à tristeza e à loucura."
Pág. 198

O livro continua com as mesmas características dos outros livros da autora, é narrado em terceira pessoa, com folhas brancas, muito detalhando, seguindo o padrão de escrita da autora com um narrador onisciente que sabe os pensamentos de todos os personagens. Eu particularmente amo a escrita dela, porque a cada livro a escrita está mais madura. Gosto muito das citações no início de cada capítulo, que nos dão pistas de como será o capítulo. Podemos ver que ela está constantemente em evolução, com um grande potencial para fazer mais histórias extraordinárias.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Resenha do Livro: Anjo Mecânico de Cassandra Clare




Título Original: Clockwork Angel
Autor (a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Ano: 2012
Páginas: 387
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/Suspense/Romance

Sinopse: Theresa Gray (Tessa) tem um anjinho mecânico pendurado no pescoço, um presente de família do qual nunca se separa. O tique-taque do pingente faz com que se sinta segura junto à lembrança dos pais, que já morreram. Mal sabe Tessa que esse barulhinho muito em breve vai ser tornar o odioso som de um exército comandado pelas forças do Submundo. Com os Caçadores de Sombras e seu recém descoberto poder sobrenatural, ela enfrentará uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das trevas na Londres vitoriana.

Anjo Mecânico é o primeiro livro da trilogia “As Peças Infernais”, a segunda série situada no mundo dos Caçadores de Sombras de Cassandra Clare. Essa nova série mostra o mundo antes dos Instrumentos Mortais com uma perspectiva única sobre a magia e o mundo oculto nela. O livro começa com dois Caçadores de Sombras lutando contra um demônio, e em seguida, eles encontram uma garota morta na proximidade.

Depois disso, somos apresentados a Tessa Gray, garota órfã de dezesseis anos que precisa cruzar o oceano, de Nova York à Londres, após a morte da tia com quem vivia para morar com seu irmão que é seu único parente vivo. Mas ao chegar lá, é sequestrada pelas Irmãs Sombrias (Black e Dark), que a forçam a usar seus poderes de mudar de forma – que até então ela não sabia que tinha, enquanto ameaçam sua vida e a do irmão. Algum tempo depois, Tessa acaba sendo salva por Caçadores de Sombras e encontra abrigo no instituto de Londres, onde se vê no meio de um jogo de poder e lutas.

Tessa precisa ficar com os Caçadores de Sombras, pois junto com a chegada dela ao instituto, também chegou uma ameaça que ninguém sabe o que é ou quem é. Lá ela irá se juntar ao temperamental, maravilhoso e misterioso William Herondale (Will) e seu melhor amigo James Carstairs (Jem) cuja sua frágil beleza esconde um terrível segredo. Tessa usará seu poder e conquistará um lugar ao lado deles na batalha. Tudo isso para tentar descobrir quem é o Magistrado e qual é a origem de sua habilidade sobrenatural.

“Havia um menino diante dela. Não podia ser muito mais velho do que ela – 17, ou possivelmente 18 anos. Trajava o que pareciam roupas de operário  um casaco preto gasto, calças, e botas pesadas. Não usava colete, e alças espessas de couro estavam cruzadas sobre a cintura e o peito. Armas estavam presas a elas  adagas, facas dobráveis e coisas que pareciam lâminas de gelo…”
Pág. 37

Me apaixonei por esse livro, pois ele é marcante, tem uma história muito boa e os personagens são maravilhosos. Sei que é quase impossível falar de Anjo Mecânico e não fazer nenhuma comparação com a outra série da autora, já que existem inúmeras semelhanças como: os plots das duas séries que são muito diferentes e parecidos ao mesmo tempo (temos uma garota aparentemente normal, que acaba descobrindo o mundo sobrenatural e que descobre possuir poderes extraordinários.)

Além disso, temos também o início de triângulo amoroso. A trama é excelente e em momento algum fiquei cansada ou entediada com a história. A Tessa é uma ótima personagem e me identifiquei muito com ela, já que tem uma paixão por livros e está sempre lendo.

“– Sempre se deve ter cuidado com os livros – disse Tessa – e com o que está dentro deles, pois as palavras têm o poder de nos transformar.”
Pág. 84

Os outros personagens são igualmente bons. Will é totalmente engraçado, irônico, sarcástico, tem um humor ácido, uma autoestima elevada e é muito corajoso.  Ele é simplesmente incrível. Jem é outra pessoa maravilhosa que mesmo com certas limitações,  nunca deixa de ajudar. Ele é completamente o oposto de Will. É sempre doce, cavalheiro, gentil e simpático com todos. A relação entre eles é ótima porque além de melhores amigos, eles são parabatai. Anjo Mecânico foi um dos livros mais cativantes, interessantes e perfeitos que já li. A autora conseguiu fazer um trabalho incrível e essa é a minha série preferida da autora.

“Talvez, não seja tão ruim ser diferente.”
Pág. 405

O livro é narrado em terceira pessoa e é extremamente detalhando, seguindo o padrão de escrita dos Instrumentos Mortais com um narrador onisciente que sabe os pensamentos de todos os personagens. Também tem a narrativa em primeira pessoa por Tessa, Will, Jem e Charlotte. Nós somos apresentados a um mundo completo, detalhado e que é muito parecido com o nosso, tornando toda a história mais real e fácil de nos adaptamos ao ambiente, mesmo que seja em uma época vitoriana.

"Às vezes, quando tenho que fazer alguma coisa que não quero, finjo ser personagem de algum livro. É mais fácil saber o que eles fariam."
Pág. 201

A história inteira se passa na antiga Londres Vitoriana, em 1878, de acordo com as datas mostradas no prólogo do livro. Podemos notar o estilo um tanto gótico com o uso de sobretudos e chapéus, vestidos e espartilhos, e isso traz um grande charme e classe ao livro. Além disso, se observamos Os Instrumentos Mortais, é possível ver que a Cassandra Clare amadureceu muito na escrita, já que mostra um universo mais sóbrio e bem trabalhado. A trama tem situações um pouco macabras, construções antigas e tem citações de vários lugares de Londres ao longo do livro.


O livro é muito bom. Recomendo que leiam As Peças Infernais primeiro e depois Os Instrumentos Mortais. Vale muito a pena.
 renata massa