domingo, 29 de maio de 2016

Resenha do livro: Todo Dia de David Levithan





Título Original: Every Day
Autor (a): David Levithan
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Páginas: 280
Gênero: Romance/Drama

Sinopse: A, acorda todos os dias em um corpo diferente. Não importa qual seja o lugar, o gênero ou a personalidade, ele precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que apenas por um dia. Durante dezesseis anos vivendo assim, A, aprendeu a seguir as próprias regras, que são: nunca interferir, nem se envolver. Até que em uma manhã, A, acorda no corpo de Justin e conhecer sua namorada, Rhiannon. Desse momento em diante, todas as suas prioridades mudam, e, se envolver cada vez mais, todo dia uma luta para se reencontrarem a cada vinte e quatro horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.

Dia 5.994, é quando tudo começa. Todo dia uma nova vida. Todo dia uma pessoa diferente. Todo dia a paixão pela mesma garota. Essa é a vida de A, que ao acorda todos os dias, precisa imediatamente descobrir quem é. Não se trata apenas do corpo – de abrir os olhos e ver se a pele é clara ou escura, se o cabelo é comprido ou curto, se é gordo ou magro, garoto ou garota, se tem ou não cicatrizes. O corpo é a coisa mais fácil à qual se ajustar quando se está acostumado a acordar em um corpo novo todas as manhãs. É a vida, o contexto do corpo, que pode ser difícil de entender. A cada novo dia ele se torna hospedeiro em um corpo aleatório, todos os dias ele entra, no corpo de uma pessoa, sem ter controle sobre: como, quando ou o quem, e fica lá durante vinte quatro horas na vida de um desconhecido.
A, passou os últimos dezesseis anos de sua vida, vivendo cada dia de uma forma única, e aprendeu a sempre passar despercebido na vida das pessoas, ocupando seus corpos, mas nunca, em hipótese alguma, influenciando suas escolhas e rotinas, entretanto em meio de toda essa bagunça que é sua vida, ele encontra Rhiannon, e então se apaixona por ela, a partir daí tudo mudar, esse amor o faz, lutar, questionar, e torcer a cada novo dia, que ele possa ficar com ela. A, não é mais guiado pelo corpo que habita, agora Rhiannon é o guia, a motivação e o foco de sua vida, independentemente de quais sejam as consequências desse ato. Agora ele quer viver, não apenas existir, ele quer ter uma vida. Uma vida ao lado de Rhiannon, somente dela.

Simplesmente maravilhoso. David Levithan mais uma vez nos presenteia com uma história incrível. Todos os livros dele são ótimos, a forma como ele usar as palavras, é os problemas do cotidiano, abordando questões jovens, como medo, insegurança, orientação sexual, diversidade de gênero e relações sociais, nos faz refletir muito sobre o assunto, porque são coisas que fazem parte da nossa vida, que já vivemos ou convivemos com situações parecida.

Apesar de tudo que aconteceu no livro, o que torna ele maravilhoso é o personagem principal, ele não é homem ou mulher, apenas uma alma que se apaixonou por outra. A, não tem um gênero ou uma orientação sexual, mas continua sendo uma pessoa, eu acho muito legal o fato de que ele não se apaixonou pela Rhiannon, ele se apaixonou pela pessoa que ela é, pela alma dela, e no decorre da história percebemos que aconteceu o mesmo com ela, porque ela não se importa com a aparência dele que muda todos os dias, ela gosta do A, não dos corpos que ele habita.

“É só que, sei que parece um modo horrível de se viver, mas eu já vi muitas coisas. É muito difícil ter uma noção verdadeira do que é a vida quando se está num único corpo. Você fica tão preso a quem você é. Mas quando quem você é muda todos os dias, você fica mais próximo da universalidade. Mesmo dos detalhes mais triviais. Você percebe que as cerejas têm gosto diferente para pessoas diferentes. Que o azul parece diferente.”
Pág. 93

Gosto muito da sensação de acha que o mundo e mais do que podemos imaginar, de que em algum lugar há coisas incríveis e inexplicáveis que precisam ser vistas. David Levithan me fez sentir isso, imaginar e pensar muito em certas coisas, ele levou a criatividade a outro patamar, pela forma que desenvolveu o A, foi dito muita coisa e no final nada foi revelado. Sempre tem um mistério, porque não há explicação científica, mágica ou espiritual, ele simplesmente existe como nós.

Ele já foi o garoto popular jogador de futebol, nerd, gay, lésbica, a garota gostosa mais popular da escola, suicida entre outros. Gosto de pensar que todo ser humano deveria ser um pouco como ele, porque mais uma vez eu vejo o quanto somos imperfeitos e que sempre precisamos ser salvos por alguém.

Todo dia é young adults, narrado em primeira pessoa, a capa e muito bonita, eu gostei bastante. A diagramação é impecável, possui folhas brancas é os capítulos são enumerados de acordo com os dias vivido por A. Recomendo muito esse livro, vale muito a pena, David Levithan é um dos meus atores preferidos da vida e recentemente, mais especificamente em fevereiro saiu a continuação que se chama “Outro dia”, que vai mostra ponto de vista da Rhiannon, talvez tenha resposta para questões não respondidas, talvez não, mas eu acho legal a gente ver a visão dela de tudo, vai ajudar a entender as atitudes dela em “Todo Dia”, talvez eu aprenda a gosta dela, ainda não li, pretendo ler em breve, e foi confirmando que “Outro Dia” terá uma continuação, então estou muito ansiosa.


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Quem eu sou




Yara, 18 anos daqui a dois dias. Humana, leitora e estudante. Um pouco de cada, não necessariamente nessa ordem. Moro em Breu Branco - Pará. Gosto muito de ler, os livros são parte de quem eu sou, como se fossem órgãos. Gosto mais de personagens fictícios do que da vida real. Tenho várias obsessões, literárias e não-literárias. Uma delas é a música, que é uma parte de mim. Talvez eu leia muitos livros da Cassandra Clare e Fanfics no Wattpad mas isso é relativo. Eu posso ser um pouco anti-social, culpem os livros por isso.
Eu gosto muito de rir, não que minha risada seja bonita. E daquelas que ti faz olhar e ter vontade rir também. Tenho um sério problema, de me apegar e confiar muito rápido, mas isso é segredo, então esqueça isso. Minha cor favorita é violeta, mas não combina comigo. Eu gosto muito da noite é quando eu tenho paz e sossego, me sinto livre. Apesar de gosta muito da noite, não gosto de dormi durante ela. Não gosto de perde a noite toda dormindo com risco de ter sonhos e sensações ruins durante o sono. Prefiro dormi de dia e particularmente eu amo dormi. Sou apaixonada pela ideia de me apaixonar, mas nunca consigo me permitir. Quero um Will Herondale ou um Jem Carstairs  para mim: Galante e Bonito. Mas sei que ele não vai chegar até eu aprender a amar a mim mesma. Não entendo isso de ser feliz, pretendo ser um dia. Sou alegre, mas não feliz. Por enquanto isso é o suficiente.
 renata massa