quarta-feira, 6 de julho de 2016

Resenha do filme: A Garota Dinamarquesa






Gênero: Drama/Biografia
Duração: 119 minutos
Ano: 2016

Sinopse: O drama biográfico apresenta ao público a história de Lili Elbe – primeira mulher transgênero a se submeter a uma cirurgia de redesignação de sexo. Ao lado de Alicia Vikander – no papel da mulher de Lili, Gerda Wegener -, Eddie Redmayne dá vida à artista e traz para os cinemas os dramas pessoais, a vida profissional e a jornada de Lili até ser considerada primeira transgênero.

A Garota Dinamarquesa é um filme estadunidense de drama – pseudo – biográfico, que foi dirigido por Tom Hooper, baseado no romance homônimo de David Ebershoff  e inspirado na vida das pintoras dinamarquesas Lili Elbe e Gerda Wegener. O filme tem como protagonista Eddie Redmayne como Lili, que foi uma das primeiras transexuais a se submeter a uma cirurgia de redesignação sexual e Alicia Vikander como Gerda Wegener.


Transexualidade. No início do século passado era quase que uma palavra proibida, o preconceito era enorme, as pessoas chegavam a ter medo e repulsa da ideia de transexuais, mesmo hoje em 2016 ainda não é fácil falar sobre isso, nos últimos anos milhares de transexuais foram mortos, porque ainda existe muito preconceito em toda a sociedade. Entretanto, mesmo com todo o preconceito, aos poucos muitas vitórias foram conseguidas, cada vez mais, a transexualidade, a transfobia, a travestilidade vem tornando-se pauta de discussões acerca dos direitos civis, sociais e afins. A dinamarquesa Lili Elbe tornou-se um grande nome por ter sido uma das primeiras transexuais operadas de quem se tem registro. A adaptação cinematográfica do livro A Garota Dinamarquesa, conta a história de Lili e sua descoberta, aceitação e transição como uma mulher transexual.

“ Houve um momento em que eu não era eu. ”
– Einar Wegener
Um projeto que demorou quase dez anos para sair do papel, o que é lamentável, e me arrisco em dizer comum, projetos bons com muita frequência tem dificuldades para serem produzidos, esse não seria diferente. Felizmente, o projeto finalmente ganhou vida com Tom Hooper na direção, e perceptível que a produção passou por muitas modificações com relação ao livro é a biografia da Lili, e possível notar que, romantizaram o Einar e toda a sua transição até a decisão de mudança de sexo, para ficar aquela produção belíssima. Não que tenha ficado ruim, pelo contrário, ficou bom, mas não tão verdadeiro quanto eu esperava, eles se preocuparam mais em romantiza a história e menos em dá realidade a situação é na decisão que o Einar ia tomar.

“ Eu te amo porque você é a única pessoa que me entendeu, que me fez possível. ”
– Einar Wegener



A filme se passa na Copenhagem de 1920, atentando – se sempre a pequenos detalhes da época, seja na caracterização dos personagens ou nos locais, tornando a narrativa mais real. Todo esse cenário mais sóbrio e frio, transparece não apenas o frio europeu, como também a melancolia do filme. A trilha sonora não deixa nada a deseja, ela transmite cada sentimento em seu devido momento, até o silêncio de algumas cenas é revelador.


E impressionante toda a transformação que o ator Eddie Redmayne passa, não estou falando apenas do figurino e maquiagem, mas da versatilidade e entrega dele, fomos comtemplados com duas grandes interpretações digna de Oscar.



Mas mesmo Lili com todo seu glamour, não me chamou tanto a atenção quanto Gerda (Alicia Vikander), ela é a primeira a vê feminilidade em Einar. Porque apesar de ser ele quem viverá toda a luta de ser transgênero, é de Gerda a força que impulsiona Lili a continua a transformação, ela é uma personagem muito forte, que tem que lidar com várias coisas ao menos tempo, porque enquanto ela está ajudando a Lili, ainda precisa lidar com a solidão da perda do marido, cuida da casa e estabelecer sua carreira como pintora. Tudo isso me faz pensar que “A garota dinamarquesa” do título poderia ser a Gerda em não a Lili.



O filme teve quatro indicações ao Oscar 2016 e três ao Globo de Ouro. Para Oscar de melhor ator Eddie Redmayne, para melhor atriz coadjuvante, Alicia Vikander – ganhou como melhor atriz – e também para categorias técnicas como Melhor figurino e Designer de produção.



Indicado ao Globo de Ouro de melhor ator – Eddie Redmayne – melhor atriz – Alicia Vikander – melhor trilha sonora – Alexandre Desplat – o longa é uma produção maravilhosa que provoca várias sensações, por se um daqueles grandes filmes que nos fazem questionam diversos pontos do dia-a-dia.




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