sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Resenha do livro: A 5ª Onda de Rick Yancey




Título Original: The 5th Wave
Editora: Fundamento
Ano: 2013
Páginas: 362
Gênero: Aventura/Distopia/Romance

Sinopse: Depois da primeira onda, só restou a escuridão. Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram. Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram. Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém. Agora inicia-se A QUINTA ONDA. No alvorecer da quinta onda, em um trecho isolado da rodovia, Cassie foge deles. Os seres que parecem humanos, que andam pelo campo matando qualquer um. Que dispersaram os últimos sobreviventes da Terra. Cassie acredita que, estar sozinho é estar vivo, até que conhece Evan Walker. Sedutor e misterioso, Evan Walker pode ser a única esperança de Cassie para resgatar seu irmão — ou até a si mesma. Mas Cassie deve escolher entre a esperança e o desespero, entre a rebeldia e a entrega, entre a vida e a morte. Entre desistir ou contra-atacar. 

O mundo está destruído, os “Outros” o destruíram. No início do livro Cassie nos conta tudo o que aconteceu até o momento. Começou de forma calma, eles simplesmente apareceram com grandes naves sobre a Terra e ficaram lá parados despertado o interesse é a curiosidade de todos. Eles ficaram durante algum tempo em silencio, parados até a curiosidade de todos acabarem. E então aconteceu a 1ª onda: Apagam – se as luzes, depois disso vieram mais ondas, a 2ª onda: desastres naturais, tsunamis que mataram muitas pessoas e destruíram a civilização e modernidade. A 3ª onda: um vírus que matou a todos que infectou, fazendo com que a morte fosse pestilenta, dolorosa, asquerosa e desesperadora. É a 4ª onda: humanos matando uns aos outros, a verdade é que muitos dos Outros já estavam na Terra, adormecidos, vivendo como humanos. O objetivo deles? Matar os que sobreviveram. Cassie. Não Cassie de Cassandra, ou Cassie de Cassidy. Cassie de Cassiopeia, é isso que ela nos conta, agora ela espera a 5ª onda começa, mesmo não sabendo qual será, nem se ainda há algum humano vivo além dela, mas tem certeza que ela vai vir e acaba com o que resta da humanidade.

"Estamos mortos. Agora não há mais ninguém. Há os mortos-do-passado e os mortos-do-futuro. Cadáveres e futuros cadáveres"
Pág. 93

Um mundo perigoso é imprevisível, onde a regra número um de sobrevivência é “Não confie em ninguém”, nos vemos presos em uma leitura difícil de parar, com uma trama maravilhosa cheia de momentos emocionantes e sentimentais. A escrita do Rick Yancey é incrível, ele faz com que o leitor reflita e questione muitas coisas de sua própria vida ao longo do livro.

Os personagens são fantásticos, Cassie a protagonista mudou completamente após a chegada dos “Outros”, ela mesma diz que tem a Cassie de agora que luta pela sobrevivência é a Cassie de antes que ela chama de a Antiga Cassie, a que só pensava em garotos e coisas normais, essa não existi mais.

"Achei que sabia o que significava solidão antes de ele ter me encontrado, mas agora sei que não tinha a menor ideia. É impossível saber o que é a verdadeira solidão até ter conhecido o oposto."
Pág. 247

O que me fez gosta dos personagens foi a humanidade deles, por exemplo a Cassie, ela não era boa com armas, nem inteligente e muito menos corajosa, ela era só uma garota normal tentando sobreviver em meio ao caos. Todos os personagens são assim, imperfeitos, cada um tem histórias e personalidades distintas que nos faz refleti – entre todos o meu preferido é o Evan, ele é um personagem maravilhoso – assim eles seguem aprendendo pouco a pouco como sobreviver, eles são exemplo de força e determinação. Estão sempre seguindo em frente, mesmo quando estão feridos e com os corações partidos, quando caem eles levantam e lutam mesmo de joelhos.

"Porque, se eu for a última, então eu sou a Humanidade. E se essa for a última guerra da Humanidade, então eu sou o campo de batalha." 
Pág. 88

Tem romance? Sim! Um romance maravilhoso na dose certa, que não tira o foco dos alienígenas.

"– Entendi tudo errado – Evan continua. – Antes de achar você, pensei que a única forma de me manter inteiro era encontrando um motivo para viver. Não é assim. Para continuar inteiro, é preciso encontrar alguma coisa pela qual se está disposto morrer."
Pág. 228

Rick Yancey com sua escrita cativante, narrada em terceira pessoa, nos presenteia com uma história de tirar o fôlego. A capa é linda tem um simbolismo que a destaca. A diagramação é simples, as folhas são amarelas é a divisão dos capítulos é ótima.

Esse livro com toda certeza está entre as melhores distopias que já li, favoritado e super recomendo. Leiam por favor!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Resenha do livro: Gata Branca de Holly Black





Título Original: White Cat
Autora: Holly Black
Editora: Rocco
Ano: 2012
Páginas: 360
Gênero: Juvenil/Fantasia/Sobrenatural/Suspense

Sinopse: Num mundo em que maldições são reais e mãos nuas são tão perigosas quanto facas, Cassel Sharpe vai precisar desvendar seu passado. Filho mais novo de uma família de Mestres da Maldição que se tornaram gângsteres poderosos, ele terá que deixar para trás a vida que construiu e mergulhar de cabeça num mistério que está em seu sangue e acompanha todas as suas lembranças. E isso pode ter sérias consequências.

Gata Branca é o primeiro livro da trilogia Mestres da Maldição. A história se passa em um mundo alternativo em que existem pessoas com poderes. Eles são chamados de mestres ou hiperbatogâmio, pois são capazes de mudar a sorte, as emoções, manipular memórias, causar danos físicos e até a morte. As pessoas podem ser afetadas por um simples toque das mãos e acabam sendo “amaldiçoadas”. Mas nem tudo é perfeito e usar poderes se tornou ilegal, ou seja, quem é um mestre, é considerando criminoso. 

O governo tomou várias medidas contra as maldições e uma delas é que todos os mestres são obrigados a usar luvas. Porém, toda a população passou a usá-las como medida de proteção, como também a usar amuletos para que mesmo que tenham sido tocados, a maldição não funcione. Com a proibição das maldições, surgiram as famílias mafiosas e os mestres se uniram aos criminosos mais poderosos.

Cassel Sharpe, 17 anos, o protagonista, vem de uma família de mestres de primeira que estão sempre quebrando as regras e vivem dos golpes que pregam nas pessoas. A autora conseguiu ir além da trama da família de Cassel e explorou todo o universo dos mestres, mas sempre com o foco nas famílias da máfia e seus segredos. Ela também mostra como é a relação de Cassel com a família e como ele se sente em relação a todos. Ele não é mestre e é o único filho normal da família, por isso sempre se sentiu excluído. Embora Cassel e sua família não se deem muito bem, eles acreditam que devam confiar uns aos outros e procuram se ajudar mutualmente.

Cassel é maravilhoso, pois é muito engraçado e carismático. Ele me conquistou com seu charme e me fez confiar nele desde o início. Também gostei da maneira como ele tentava se distanciar da família criminosa, mas não se esforçava para ser exatamente honesto. Isso tornou Cassel mais humano, o que é ótimo. Gostei dos irmãos de Cassel, Philip e Barron, por serem diferentes e bem desenvolvidos. A mãe deles parece ser uma pessoa bem difícil de lidar e muitas vezes só pensa em si mesma, mas mesmo assim ama os filhos e é uma pessoa bem carente. 

" As mentiras mais fáceis de contar são as que você quer que sejam verdade."
Pág. 224

Cassel tem dois amigos, Sam Yu e Daneca Wasserman, que são bem legais e divertidos. Sam é meio nerd e aficionado por ciências e filmes de terror. Já Daneca faz parte de grupos de debate e defende os direitos dos mestres para que possam usar seus talentos legalmente. No início, eles não são amigos, mas Cassel acaba aprendendo a confiar neles.
Apesar de termos provas que ele é mal, eu nunca acreditei que Cassel fosse uma má pessoa. Cassel tem um segredo no passado que o atormenta até hoje e que vai cobrar sua dívida. Com isso, acontece toda uma reviravolta e segredos são revelados, problemas precisam ser resolvidos e novos aparecem. 

" Sabe o que costumavam dizer sobre garotos como você? São inteligentes como o diabo e duas vezes mais bonitos do que ele. "
Pág. 143

O livro é narrado por Cassel em primeira pessoa. Gostei muito da capa, já que a achei bem enigmática e combina com o conteúdo do livro. A diagramação é simples e as páginas brancas. E o título é perfeito! Tem sempre um mistério e um suspense. Quando comecei a leitura, não consegui mais parar de ler.

O livro me prendeu muito porque tem uma trama extremamente boa, sutil, direta e sem enrolação. Sobre a escrita da autora, eu particularmente gosto da forma que ela escreve. Nesse livro, ela vai no ponto certo e não perde tempo com muitos rodeios.  Eu gostei bastante do livro, apesar de algumas falhas que eu espero que sejam concertadas nos próximos volumes. 

 renata massa