quinta-feira, 30 de junho de 2016

Resenha do livro: Trono de Vidro de Sarah J. Maas






Título Original: Thrones of Glass
Autor (a): Sarah J. Mass
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Páginas: 392
Gênero: Aventura/Romance/Fantasia/Young Adult

Sinopse: Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, uma jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.

Depois de cumprir um ano de trabalhos forçados nas minas de sal de Endovier por seus crimes, Celaena Sardothien a assassina mais famosa do reino de Ardalan, inesperadamente recebe a visita do príncipe de Ardalan, Dorian, que lhe oferece uma chance de ter sua liberdade de volta, ela precisa participar de uma competição de vida ou morte onde o vencedor se tornará o campeão do rei. Ela é o príncipe fazem um acordo, ela teria que ser a campeã do rei por um determinado período de tempo, ao termino desse tempo ela finalmente seria livre. Nesse primeiro livro acompanhamos Celaena na competição, por enquanto tudo bem, os problemas se iniciam de verdade quando os competidores começam a serem assassinados misteriosamente, a parti disso Celaena passa a investigar os assassinatos, antes que ela seja a próxima vítima.

Épico. Simplesmente maravilhoso, foi uma das minhas primeiras leituras de 2016, eu vinha adiando esse livro a muito tempo, porque não estava pronta para me aventura nesse novo universo de Trono de Vidro. Recentemente saiu o quarto livro da série, então me vi na obrigação de começar a ler essa série, que há muito vinha adiando, eu já estava fugindo dos spoilers como o diabo foge da cruz. Então peguei o livro é fui ler completamente às cegas, apenas com a cara é a coragem, e deu muito certo.

A Celaena é incrível. Ela foge completamente de qualquer estereótipo, porque ela não é aquela protagonista frágil que sempre precisa ser salva pelo príncipe – pelo contrário ela que salva ele – é muito bom ter uma protagonista feminina que é forte de verdade, que não tem medo do perigo e que não anda se metendo em encrenca a cada página como a maioria, Celaena é totalmente diferente do que estamos acostumados. Ao mesmo tempo em que temos uma assassina, que não tem papas na língua, também temos uma mulher que se preocupa com sua aparência e físico e que se abala por amores como todos nós, e isso é realmente difícil de ser ver.

“Em resumo, Celaena Sardothien fora abençoada com algumas características atraentes que compensava a mediocridade dos outros traços; e, no início da adolescência, ela já descobrira que, com a ajuda de cosméticos, os traços comuns podiam facilmente passar por extraordinários. ”
Pág. 17
Apesar de ser uma assassina, vemos que a vida dela nunca foi fácil, ela tem um passado muito difícil e misterioso, ela não se tornou uma assassina por escolha – ela não acordou um dia e decidiu que queria ser assassina, não! – aconteceram várias coisas horríveis na vida dela que fez com que ela fosse obrigada a isso, foi a única maneira de continuar viva. Durante toda a infância ela treinou para ser uma assassina, e todo esse passado conturbado e misterioso, acabou traçado muito a personalidade dela, de como ela é, e de como trata as pessoas.

“ Aprender a perder com graciosidade não foi parte de seu treinamento?
– Não – respondeu Celaena, com amargura. – Arobynn me dizia que o segundo lugar é apenas um título bonitinho para o primeiro perdendo.”
Pág. 167

Trono de Vidro é um daqueles livros maravilhosos que nos tirar o fôlego, que a parti do momento que se abre, só pode ser fechado quando chegar ao fim. É um livro de fantasia que se passa no período medieval, com reis e rainhas, castelos e magia. A construção dos reinos é sólida e consegui visualizar perfeitamente o que a autora escreveu. Aliás, ela não peca pelo excesso. As descrições, os diálogos, tudo é feito na medida certa, para atiçar nossa curiosidade. Algo que eu goste bastante, que na minha opinião deu maior qualidade ao livro, foi a imparcialidade. Em Trono de Vidro ninguém e verdadeiramente bom ou completamente mau. Dando assim uma humanidade aos personagens, os tornando pessoas humanas e reais como nós, isso me lembrou de “As crônicas de fogo e gelo” do George R. R. Martin. E para melhora mais ainda, a protagonista, que é uma assassina, adora livros e músicas. Impossível não ama – lá.

"Eu gosto de música - respondeu ela, devagar - porque quando a ouço, eu... eu me perco dentro de mim mesma, se é que isso faz sentido. Eu me torno vazia e cheia ao mesmo tempo e consigo sentir a terra inteira se agitar ao meu redor. Quando toco, não sou... pelo menos uma vez, não estou destruindo. Estou criando."
Pág. 241

Confesso que sou apaixonada por histórias medievais, e essa tem todas as características que eu amo, e composto com magia, suspense, aventura, ação, romance e muito mistério. Romance? Sim, muito aliás, tem até triângulo amoroso, que eu particularmente não gostei nem um pouco, achei tudo muito forçado, tanto a relação de Celaena com Dorian, quanto com Chaol, todo o romance desenrola rapidamente, quando percebemos já está lá, mas não é o foco, graças a Deus, todos os olhos e ouvidos estão na competição e também em um plano de fundo, rico com vários elementos, que provavelmente serão foco para os próximos livros. A diagramação é simples e impecável, com fonte agradável e páginas amareladas. E ainda temos a capa que é maravilhosa, que reflete exatamente o conteúdo do livro.

O final, deixa o leitor completamente avido para o próximo, a autora soube quase que totalmente termina o livro com esmero, pois a maioria das questões foram respondidas, mas junto com as repostas veio um número ainda maior de perguntas e dúvidas em aberto. A escrita da Sarah J. Mass é muito fluida e detalhista, a leitura é bastante intensa. Sarah se baseou no questionamento do conto de fadas, Cinderela, com a premissa de "E se a Cinderela não fosse uma serva, e sim uma assassina? E se ela não quisesse ir ao baile para encontrar o príncipe, e sim para matá-lo, ao invés?", isso foi o que me fez querer ler esse livro desesperadamente. Super recomendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 renata massa