sábado, 13 de agosto de 2016

Resenha da Série: Stranger Things – 1ª Temporada




Gênero: Suspense/Drama/Ficção Cientifica/Terror
Duração: 42 – 55 minutos
Ano: 2016

Sinopse: Ambientada no ano de 1983, Stranger Things decorre na fictícia cidade de Hawkins, Indiana, onde um garoto de 12 anos desapareceu misteriosamente sem deixar rastros. Enquanto procuram por respostas, a polícia local, a família e os amigos do menino acabam mergulhando em um extraordinário mistério envolvendo um experimento secreto do governo, forças sobrenaturais e uma garotinha muito estranha.

Uma verdadeira carta de amor aos anos 1980, Stranger Things é uma websérie americana, original Netflix que estreou no dia 15 de julho. Criada pelos irmãos Matt e Ross Duffer, a série que contém oito episódios, se passa no ano de 1983 e é altamente tematizada pelos elementos culturais da década de oitenta, ela exala homenagens desde a trilha sonora toda remetente aos marcantes sintetizadores da época, ao vestuário é o roteiro que é maravilhoso, que nos dar a impressão de que foi escrito a quase quarenta anos atrás, por ser satisfatoriamente digno da década de oitenta.


A trama é marcada pela simplicidade, gira em torno de um garoto – Will Byers – que desaparece misteriosamente na pequena cidade de Hawkins, sua mãe Joyce e seus grandes esforços em encontra-lo, mesmo sem nenhuma pista, é os amigos que também vão à busca, no caminho eles encontram uma estranha menina com incríveis poderes telecinéticos chamada Eleven (Onze).

Intrigante é um pouco assustadora em alguns momentos, Stranger Things é uma das séries mais populares da atualidade, o sucesso está sendo tão grande que ela ultrapassou Game of Thrones em popularidade.



Essa série é totalmente maravilhosa, ela tem toda essa coisa de terror e mistério, a todo momento coisas bizarras estão acontecendo que acabam deixado pistas ou outra coisa estranha que surgi do nada e atiçar a curiosidade de querer saber o que está acontecendo, ela é completamente envolvente.


Os irmãos Duffer fizeram um ótimo trabalho com a série, ela não peca em nada, o jeito como ela foi escrita e muito legal, não apenas os diálogos, mas narrativamente, é tudo muito bem feito, a forma como tudo vai acontecendo. Por exemplo o primeiro episódio deixa todas as cartas na mesa, a partir daí cada momento cuida de um aspecto da série que vai se desenvolvendo, ela tem alguns cliffhanger – que são situações ou revelações surpreendentes que nos deixam querendo ver o próximo episódio – tem o formato de série, mas acaba deixado a impressão que estamos vendo um grande filme, provavelmente por ela ser mais curta que o normal e ter começo, meio e fim tudo certinho.


A série como já foi dito tem muitas homenagens aos anos oitenta, ela é cheia de referências aos filmes daquela época do Steven Spielberg. Filmes como: E.T. , A Hora do Pesadelo, Goonies e Conta Comigo. Tem uma descrição que eu não sei quem fez, que diz: “ E como se Steven Spielberg estivesse dirigindo uma adaptação de um livro do Stephen King.”, essa descrição é perfeita, porque nos dar uma noção de o quanto a série é maravilhosa e que mesmo ela sendo cheia de homenagens ela tem um identidade completamente nova.

A trama tem personagens maravilhosos, a atriz Winona Ryder, que faz a mãe do Will, ela é incrível, foi possível ver com perfeição toda dor e desespero de uma mãe que está perdendo um filho é o desespero na busca para encontrá-lo.

A série e dividida em núcleos, temos o núcleo dos adultos, o dos adolescentes é o das crianças, isso é mais uma característica maravilhosa da série, porque cada núcleo tem uma história própria e faz a gente pensar que isso não tem nada ver com a trama principal, mas todos os núcleos acabam convergindo para o mesmo ponto.


A melhor coisa da série são as crianças, o elenco infantil é o ponto forte da série, eles são sensacionais, principalmente a atriz que faz a Eleven, a carismática Millie Bobby Brown, ela é a melhor criança em cena, eu achei legal que para fazer a série ela tinha que raspa o cabelo e inicialmente ela não queria, mas os irmãos Duffer mostraram como a Charlize Theron ficou linda em Mad Max: Estrada da Fúria, isso inspirou a Millie a aceitar raspa o cabelo.

Mas não foi apenas ela que brilhou, as outras crianças também são incríveis, todos eles, Mike, Dustin, Lucas juntamente com a Eleven preencheram a trama com uma deliciosa inocência, fantasia e ciência. Eles são a peça principal do enredo: a amizade, isso toma o centro da história.
No primeiro episódio já passamos a amar aquelas crianças é a amizade deles. Eles são cômicos, e tem toda a nerdice deles, eles estão sempre falando de Stars Wars, Horbit, Senhor dos Anéis e HQ dos X-men. Cada um deles traz uma dinâmica entre alívios cômicos e desesperos que apenas uma criança pode sentir. 
A série é maravilhosa, super recomendo, e mais maravilhosa ainda é a notícia de que vai ter 2° temporada. Vejam Stranger Things!




terça-feira, 9 de agosto de 2016

Resenha do livro: Príncipe Mecânico de Cassandra Clare




Título Original: Clockwork Prince
Autor (a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Páginas: 364
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/Suspense/Romance

Sinopse: Tessa Gray não está sonhando. Nada do que aconteceu desde que foi de Nova York para Londres — ser sequestrada pelas Irmãs Sombrias, perseguida por um exército mecânico, ser traída pelo próprio irmão e se apaixonar pela pessoa errada — foi fruto de sua imaginação. Mas talvez Tessa Gray, como ela mesma se reconhece, nem sequer exista. O Magistrado garante que ela não passa de uma invenção. Para entender o próprio passado e ter alguma chance de projetar seu futuro, primeiro Tessa precisa entender quem criou Axel Mortmain, também conhecido como Príncipe Mecânico.

Obs.: Contém spoiler de Anjo Mecânico.

Príncipe Mecânico é o segundo volume da trilogia “As Peças Infernais” de Cassandra Clare. Arrebatador, destruidor e maravilhoso esse é Príncipe Mecânico, mais uma vez Cassandra nos surpreender com uma história maravilhosa que vai nos destruindo do começo ao fim. A série situada no mesmo mundo de Os Instrumentos Mortais, se passa em Londres no ano de 1878, continuamos a ver a vida de Tessa Gray na busca de descobrir quem é, e na luta contra o magistrado.

O quanto nossa vida pode mudar em um curto período de tempo? Muito, a vida de Tessa Gray mudou completamente, desde de que saiu de Nova York para Londres, as coisas pioram cada vez mais. Nesse curto período de tempo Tessa descobriu um mundo completamente desconhecido pelos humanos, descobriu que possui um poder inimaginável é se apaixonou por dois rapazes incrivelmente maravilhosos. É bastante coisa aconteceu, e vem mais por aí ainda.

No Instituto de Londres, Tessa encontra segurança com os Caçadores de Sombras, mas tudo que é bom dura pouco, a luta contra o magistrado continua e cada vez mais Tessa sabe menos sobre si mesma. Com sua segurança é o recente lar que encontrou ameaçado por forças traidoras da Clave e do próprio Instituto, Tessa ira luta contra todas as ameaças que estão no seu caminho e no de seus amigos, vai conta principalmente com a ajuda do bonito e auto-destrutivo Will Herondale e o encantador e dedicado Jem Carstairs. No meio de toda essa bagunça Tessa descobri que essa guerra do magistrado contra os Caçadores de Sombras tem um motivo profundamente pessoal e que a verdade sobre o que ela realmente é e mais sinistra do que ela imaginava.

"O prazer de uma pessoa às vezes é o veneno de outra , não acha?"
Pág. 60

E não menos importante o triangulo amoroso mais perfeito e apaixonante da história, onde vemos Tessa descobri que seu coração está cada vez mais atraído por Jem, mas que seu desejo por Will, apesar de seu modo sombrio, ainda continua a perturbá-la bastante. Três pessoas envolvidas por um forte sentimento, ligadas uma a outra por algo mais forte ainda. Nesse livro descobrimos que quando o amor e as mentiras se misturam, eles podem corromper até o mais puro dos corações, porque o verdadeiro mal só vem quando se corrompe algo puramente bom.

“Não se pode comprar, alucinar ou sonhar um caminho para fugir da dor.”
Pág. 161 

Princípe mecânico mais uma obra brilhante da Cassandra Clare, o livro nos faz sofrer do início ao fim, com um turbilhão de emoções no decorre da trama. Nesse volume podemos dá uma respirada, por ser um pouco mais calmo em relação a ação, porque nele a autora foco mais no desenvolvimento sentimental e psicológico dos personagens nos fazendo fica cada vez mais envolvidos com eles. Cassie possui esse dom de nos fazer amar e odiar seus personagens com grande intensidade para depois fazer nossos corações sangrarem com a hipótese de que coisas ruins possam acontecer.

"Queria fazê-la rir.Queria sentar e ouvi-la falar sobre livros até suas orelhas caírem.Mas todas essas eram coisas que ele não podia querer, pois eram coisas que não podia ter, e querer o que não se pode ter leva à tristeza e à loucura."
Pág. 198

O livro continua com as mesmas características dos outros livros da autora, é narrado em terceira pessoa, com folhas brancas, muito detalhando, seguindo o padrão de escrita da autora com um narrador onisciente que sabe os pensamentos de todos os personagens. Eu particularmente amo a escrita dela, porque a cada livro a escrita está mais madura. Gosto muito das citações no início de cada capítulo, que nos dão pistas de como será o capítulo. Podemos ver que ela está constantemente em evolução, com um grande potencial para fazer mais histórias extraordinárias.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Resenha do Livro: Anjo Mecânico de Cassandra Clare




Título Original: Clockwork Angel
Autor (a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Ano: 2012
Páginas: 387
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/Suspense/Romance

Sinopse: Theresa Gray (Tessa) tem um anjinho mecânico pendurado no pescoço, um presente de família do qual nunca se separa. O tique-taque do pingente faz com que se sinta segura junto à lembrança dos pais, que já morreram. Mal sabe Tessa que esse barulhinho muito em breve vai ser tornar o odioso som de um exército comandado pelas forças do Submundo. Com os Caçadores de Sombras e seu recém descoberto poder sobrenatural, ela enfrentará uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das trevas na Londres vitoriana.

Anjo Mecânico é o primeiro livro da trilogia “As Peças Infernais”, a segunda série situada no mundo dos Caçadores de Sombras de Cassandra Clare. Essa nova série mostra o mundo antes dos Instrumentos Mortais com uma perspectiva única sobre a magia e o mundo oculto nela. O livro começa com dois Caçadores de Sombras lutando contra um demônio, e em seguida, eles encontram uma garota morta na proximidade.

Depois disso, somos apresentados a Tessa Gray, garota órfã de dezesseis anos que precisa cruzar o oceano, de Nova York à Londres, após a morte da tia com quem vivia para morar com seu irmão que é seu único parente vivo. Mas ao chegar lá, é sequestrada pelas Irmãs Sombrias (Black e Dark), que a forçam a usar seus poderes de mudar de forma – que até então ela não sabia que tinha, enquanto ameaçam sua vida e a do irmão. Algum tempo depois, Tessa acaba sendo salva por Caçadores de Sombras e encontra abrigo no instituto de Londres, onde se vê no meio de um jogo de poder e lutas.

Tessa precisa ficar com os Caçadores de Sombras, pois junto com a chegada dela ao instituto, também chegou uma ameaça que ninguém sabe o que é ou quem é. Lá ela irá se juntar ao temperamental, maravilhoso e misterioso William Herondale (Will) e seu melhor amigo James Carstairs (Jem) cuja sua frágil beleza esconde um terrível segredo. Tessa usará seu poder e conquistará um lugar ao lado deles na batalha. Tudo isso para tentar descobrir quem é o Magistrado e qual é a origem de sua habilidade sobrenatural.

“Havia um menino diante dela. Não podia ser muito mais velho do que ela – 17, ou possivelmente 18 anos. Trajava o que pareciam roupas de operário  um casaco preto gasto, calças, e botas pesadas. Não usava colete, e alças espessas de couro estavam cruzadas sobre a cintura e o peito. Armas estavam presas a elas  adagas, facas dobráveis e coisas que pareciam lâminas de gelo…”
Pág. 37

Me apaixonei por esse livro, pois ele é marcante, tem uma história muito boa e os personagens são maravilhosos. Sei que é quase impossível falar de Anjo Mecânico e não fazer nenhuma comparação com a outra série da autora, já que existem inúmeras semelhanças como: os plots das duas séries que são muito diferentes e parecidos ao mesmo tempo (temos uma garota aparentemente normal, que acaba descobrindo o mundo sobrenatural e que descobre possuir poderes extraordinários.)

Além disso, temos também o início de triângulo amoroso. A trama é excelente e em momento algum fiquei cansada ou entediada com a história. A Tessa é uma ótima personagem e me identifiquei muito com ela, já que tem uma paixão por livros e está sempre lendo.

“– Sempre se deve ter cuidado com os livros – disse Tessa – e com o que está dentro deles, pois as palavras têm o poder de nos transformar.”
Pág. 84

Os outros personagens são igualmente bons. Will é totalmente engraçado, irônico, sarcástico, tem um humor ácido, uma autoestima elevada e é muito corajoso.  Ele é simplesmente incrível. Jem é outra pessoa maravilhosa que mesmo com certas limitações,  nunca deixa de ajudar. Ele é completamente o oposto de Will. É sempre doce, cavalheiro, gentil e simpático com todos. A relação entre eles é ótima porque além de melhores amigos, eles são parabatai. Anjo Mecânico foi um dos livros mais cativantes, interessantes e perfeitos que já li. A autora conseguiu fazer um trabalho incrível e essa é a minha série preferida da autora.

“Talvez, não seja tão ruim ser diferente.”
Pág. 405

O livro é narrado em terceira pessoa e é extremamente detalhando, seguindo o padrão de escrita dos Instrumentos Mortais com um narrador onisciente que sabe os pensamentos de todos os personagens. Também tem a narrativa em primeira pessoa por Tessa, Will, Jem e Charlotte. Nós somos apresentados a um mundo completo, detalhado e que é muito parecido com o nosso, tornando toda a história mais real e fácil de nos adaptamos ao ambiente, mesmo que seja em uma época vitoriana.

"Às vezes, quando tenho que fazer alguma coisa que não quero, finjo ser personagem de algum livro. É mais fácil saber o que eles fariam."
Pág. 201

A história inteira se passa na antiga Londres Vitoriana, em 1878, de acordo com as datas mostradas no prólogo do livro. Podemos notar o estilo um tanto gótico com o uso de sobretudos e chapéus, vestidos e espartilhos, e isso traz um grande charme e classe ao livro. Além disso, se observamos Os Instrumentos Mortais, é possível ver que a Cassandra Clare amadureceu muito na escrita, já que mostra um universo mais sóbrio e bem trabalhado. A trama tem situações um pouco macabras, construções antigas e tem citações de vários lugares de Londres ao longo do livro.


O livro é muito bom. Recomendo que leiam As Peças Infernais primeiro e depois Os Instrumentos Mortais. Vale muito a pena.
 renata massa