sábado, 23 de julho de 2016

Resenha da Série: The 100 – 1ª Temporada






Gênero: Aventura, Drama, Ficção Cientifica
Duração: 42 minutos
Ano: 2014

Sinopse: Situada 97 anos no futuro, a história mostra uma civilização destruída pela guerra nuclear. Quando ocorreu o holocausto, cerca de 400 pessoas viviam em doze estações espaciais internacionais. Eles se tornaram os únicos sobreviventes da raça humana. Com o passar dos anos, novas gerações surgiram e agora eles são 4 mil habitantes que se amontoam na Arca, nome dado às doze estações que se uniram. Para tentar sobreviver, regras rígidas foram adotadas, incluindo pena de morte e controle de natalidade. Agora, os líderes da Ark planejam enviar à Terra 100 delinquentes juvenis com o objetivo de avaliar a qualidade de vida no planeta.

The 100 é uma série de tv americana, que é transmitida pelo canal The CW. A série é baseada no primeiro livro The 100 – Os Escolhidos de Kass Morgan, a série foi desenvolvida por Jason Rothenberg. Estreou no dia 19 de março de 2014, nos EUA e no brasil apenas no dia 12 de abril de 2015, é exibida pela MTVBrasil.


“Eu nasci no espaço, nunca senti o sol em meu rosto ou respirei ar de verdade, ou flutuei na água. Nenhum de nós o fez. Por três gerações a Arca manteve o que resto dos humanos vivos, mas agora nossa casa está morrendo, e nós somos a última esperança da humanidade. Cem prisioneiros enviados em uma missão desesperada para a Terra firme. Cada um de nós está aqui porque violou a lei. Em Terra firme não há lei. Tudo que devemos fazer é sobreviver. Mas seremos testados pela Terra, pelos segredos que ela esconde, e acima de tudo, por cada um de nós. ”


The 100 é uma série maravilhosa, me surpreendeu positivamente. Quando saiu o piloto, eu fiquei um pouco desapontada porque as diferenças eram gritantes com o livro, por isso não crie grandes expectativas. Só que o tempo passou e quando exibiram a segunda temporada, eu resolvi dar uma nova chance e foi uma das melhores coisas que eu fiz na minha vida porque ela é incrível.

A história é ágil e sem enrolação. Os personagens precisam lidar e superar todos os obtáculos que aparecem. Eles estão em um ambiente hostil, perigoso e desconhecido.


Os problemas estão por toda parte, não apenas do lado de fora. Eles precisam aprender a confiar uns nos outros, ficar unidos para a própria segurança e buscar viver em paz. No decorre dos episódios, o ritmo diminui um pouco, porém isso nos dá um tempo para descansar e respirar depois de tudo o que acontece. Isso é uma preparação para o final da temporada que volta com toda intensidade possível.

Como é uma série adolescente, ela tem bastante pares românticos. Só que o foco da história não está no romance em si, pois nenhum teve tanto destaque. Até o "triângulo amoroso" que foi criando não tem tanta importância. Eu adorei essa nova perspectiva.


Isso foi uma das coisas que me fizeram gostar ainda mais da série porque o foco estava sempre na história. Claro que os casais chamaram a minha atenção, tinha até um em especial que eu adorei por ser bem inesperado. No geral, eu aprovei a temporada. Tiveram muitas reviravoltas e foi tudo surpreendente. Todos as pontas soltas se encaixaram perfeitamente no final.


A série é muito diferente do livro, mas foi uma mudança positiva. É muito difícil uma adaptação ser melhor que a obra original e isso aconteceu com The 100 porque achei a série melhor que o livro. Todas as mudanças feitas foram muito bem pensadas e a tornou fantástica. 



O final, na minha opinião, foi épico. Mudou a situação de todos. Vale muito a pena assistir The 100 e a segunda temporada está tão boa quanto a primeira.



sexta-feira, 22 de julho de 2016

Resenha do filme: Como Eu Era Antes de Você




Gênero: Romance/Drama/Comédia
Duração: 110 minutos
Ano: 2016

Sinopse: Rico e bem-sucedido, Will leva uma vida repleta de conquistas, viagens e esportes radicais até ser atingido por uma moto, ao atravessar a rua em um dia chuvoso. O acidente o torna tetraplégico, obrigando-o a permanecer em uma cadeira de rodas. A situação o torna depressivo e extremamente cínico, para a preocupação de seus pais. É neste contexto que Louisa Clark é contratada para cuidar de Will. De origem modesta, com dificuldades financeiras e sem grandes aspirações na vida, ela faz o possível para melhorar o estado de espírito de Will e, aos poucos, acaba se envolvendo com ele.
Como Eu Era Antes de Você (Me Before You) é um filme de drama romântico baseado no best-seller mundial de Jojo Moyes e roteirizado pela mesma e dirigido por Thea Sharrock. O filme conta a história de Louisa Clark (Emilia Clarke), uma jovem sem ambições na vida. Quando o café onde trabalhava fecha as portas, ela consegue um emprego como cuidadora de Will Traynor (Sam Claflin), um milionário que ficou tetraplégico há dois anos após um acidente. Aos poucos, um acaba mudando a vida do outro.


Há algum tempo o cinema vem investindo em produções, que mostram as dificuldades enfrentadas por pessoas, paraplégicas, tetraplégicas ou com câncer, assim também como o relacionamento amorosos entre uma cuidadora e seu paciente. Não é segredo que essas produções fazem muito sucesso, mas Como Eu Era Antes de Você, tem um “quê” a mais, que o torna especial. Os personagens são maravilhosos, Louisa é a alma do filme, o raio de sol que clareia o mundo obscuro de Will, ela com sua personalidade adorável e seu figurino excêntrico nos conquista logo de início com suas risadas e seu humor cômico.


“Você só tem uma vida. É seu dever vivê-lá o mais plenamente possível.”
- Will Traynor



Emilia Clarke nos mostra que ela não é apenas a mãe de Dragões de Game of Thrones, e que Louisa não é brilhante nem possui grandes atributos. Ela é uma pessoa comum, que enfrenta problemas financeiros e vive a vida com um comodismo que não a incomoda nem um pouco e que já abriu mão de coisas por um bem a maior. Não tem nada de impressionante nesse filme, que vai nos fazer querer mudar o mundo.


Não é nada que já não tenhamos visto um milhão de vez, o que realmente importa, que pelo menos para mim foi um diferencial, que tornou esse filme especial, foram os atores, que interpretaram quase que perfeitamente os personagens da obra original, as cores quentes da fotografia e as belas paisagens do interior da Inglaterra, tudo isso deslumbra qualquer público.


Will Traynor apesar de ser, arrogante, prepotente e esnobe, e carismático o suficiente para que o público se apaixone por ele. Os diálogos sarcásticos entre Will e Louisa são maravilhosos, é ótimo ver o contraste entre o cinismo dele é a alegria contagiante dela. 


 O romance, pode parecer clichê, mas evita se torna um. O filme pode ser um romance, mas temos tudo na medida certa, o amor ainda que seja o foco, não é a solução de todos os problemas, a trama mostra que nem só de amor vive o ser humano.





“ Sabe de uma coisa Clark? Você é a única coisa que me dá vontade de levantar da cama.”
- Will Traynor


A muito tempo eu não via uma adaptação tão fiel, Como Eu Era Antes de Você deixa pouco a desejar. No geral o único erro deles foi em relação ao Will, eles não souberam mostra toda a dor e sofrimento que ele estava passando, não verdadeiramente. 


Transformaram o Will em uma pessoa completamente egoísta em sua decisão no final do filme, porque não ficou claro todas as razões que o levaram a toma a decisão que ele tomou. O que gerou uma certa polêmica logo que o filme estreou.


O filme tem um clima completamente autêntico e um ambiente extremamente aconchegante. Desde da saída do primeiro trailer, já sabíamos que muitas lagrimas iam rola, mas não se preocupem, esse filme vai te fazer chora, mas primeiro você vai rir muito.

Quando eu era pequena... minha roupa favorita era minha meia-calça de abelha.
- Louisa Clark


“ Eu me tornei uma pessoa totalmente diferente por sua causa.”
- Louisa Clark








sábado, 9 de julho de 2016

Resenha do livro: Cartas de Amor aos Mortos de Ava Dellaira





Título Original: Love Letters to the Dead
Editora: Seguinte
Ano: 2014
Páginas: 344
Gênero: Romance/Drama

Sinopse: "Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho."

Querida Ava Dellaira,

E com muito amor que venho aqui escreve essa carta para falar sobre o seu incrível livro “ Carta de Amor aos Mortos ”. Esse livro é tão especial que decidi lhe escrever uma carta ao invés de fazer a tradicional resenha de sempre, sei que você está viva, agradeço a Deus por isso, e espero que você viva muitos e muitos anos e que continue sendo essa escritora incrível.

O primeiro contato que eu tive com o seu livro foi quando o vi no perfil de uma pessoa no Facebook, não me recordo de quem, é a capa me chamou a atenção, a parti dali já quis lê-lo imediatamente e foi o que fiz, comecei a ler ele sem nem ler a sinopse e parei apenas quando terminei.

Eu amo livros onde a história e contada através de cartas como “Simplesmente Acontece” ou “As Vantagens de Ser Invisível”, mas esse foi imensamente melhor que os citados a pouco, a trama é completamente envolvente. Seu livro tem uma protagonista incrível Laurel, uma garota ingênua, um pouco tímida e em algum momento até infantil. Ela acabou de perde a irmã, e no momento tem que aprender a lidar com isso o que não está sendo fácil, a irmã May era tudo para ela. Laurel terá que se adaptar a sua nova realidade e, para isso, vai precisar contar com a ajuda de seus novos amigos e de seus ídolos. Infelizmente os únicos problemas de Laurel não são apenas a morte da irmã May, ainda existem fantasmas daquela noite misteriosa que a perseguem, a culpa, o abandono da mãe... A Laurel e encantadora desde do início eu quis protegê-la, porque o caminho que ela ia percorre não era nada fácil, a todo momento eu queria entra no livro é protegê-la e ajudá-la, infelizmente isso foi impossível.

“ – Sabe, acho que, quando você perde alguma coisa próxima, é como perder a si mesmo. É por isso que, no final, até escrever é difícil para ela. Ela quase não sabe como fazer. Porque quase não sabe mais quem ela é.”
Pág. 17

Ava o seu livro – ou carta – mexeu muito – absurdamente – comigo, eu não me lembro de que algum livro tenha me tocado tanto assim alguma vez, me arrisco em diz que ele tocou a minha alma. Você foi muito corajosa ao trazer diversos assuntos a torna, como sexualidade, violência, religião e drogas, tudo de uma maneira equilibrada e interligada. A sua narrativa em primeira pessoa é excelente, a maneira como você usou as cartas da Laurel como uma espécie de diário sobre a vida dela e ao mesmo tempo ainda fala um pouco da vida e morte de seus destinatários foi épica.

Era um mundo cheio de sentimentos para os quais eu não tinha palavras.
Pág. 9

Você criou personagens maravilhosos e verdadeiros, cada um com seus dramas próprios. Eu amei cada um deles, dos amigos de Laurel à professora, todos me emocionaram muito, de formas distintas. Mas a personagem que eu dei uma atenção especial depois da Laurel foi a May. A irmã misteriosa, que era o mundo de Laurel, que fez de tudo para protegê-la, e foi a que acabou à destruindo. May era muito conturbada, mas Laurel a via como uma pessoa perfeita, pessoa essa que ela não era, como nós. Eu acho que todas aquelas pessoas nas cartas retratavam um pouco da personalidade de May, e provavelmente foi por isso que a Laurel os escolheu.

“Sei que May está morta. Quer dizer, uma parte racional de mim sabe, mas não parece verdade. Ainda sinto como se ela estivesse aqui, comigo, de alguma maneira. Penso que ela vai entrar pela janela, depois de sair escondida, e me contar como foi a aventura. Se eu for, mas desapegada, como May, talvez aprenda a viver sem ela. ”
Pág. 22

O seu livro, e aquele que todos deveriam ler, porque sei que ele seria capaz de ajudar as pessoas a superarem momentos complicados. Ele não é um livro muito fácil de ler, confesso, por causa de toda a carga emocional. Mas Ava você me ganhou no instante em que disse, o que ninguém diz, “que não vai ficar tudo bem”. Que apesar de tudo, aconteça o que acontecer, pelo menos um minuto por dia, a dor é a saudade vai nos derrubar. A sua coragem e ousadia Ava, me confortou como ninguém antes conseguiu. Com você aprendi que “ Não, nunca mais vai ficar tudo bem. Mas eu sou forte o suficiente para supera e aguenta o que vem pela frente”.

Beijos,
Yara.


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Resenha do filme: A Garota Dinamarquesa






Gênero: Drama/Biografia
Duração: 119 minutos
Ano: 2016

Sinopse: O drama biográfico apresenta ao público a história de Lili Elbe – primeira mulher transgênero a se submeter a uma cirurgia de redesignação de sexo. Ao lado de Alicia Vikander – no papel da mulher de Lili, Gerda Wegener -, Eddie Redmayne dá vida à artista e traz para os cinemas os dramas pessoais, a vida profissional e a jornada de Lili até ser considerada primeira transgênero.

A Garota Dinamarquesa é um filme estadunidense de drama – pseudo – biográfico, que foi dirigido por Tom Hooper, baseado no romance homônimo de David Ebershoff  e inspirado na vida das pintoras dinamarquesas Lili Elbe e Gerda Wegener. O filme tem como protagonista Eddie Redmayne como Lili, que foi uma das primeiras transexuais a se submeter a uma cirurgia de redesignação sexual e Alicia Vikander como Gerda Wegener.


Transexualidade. No início do século passado era quase que uma palavra proibida, o preconceito era enorme, as pessoas chegavam a ter medo e repulsa da ideia de transexuais, mesmo hoje em 2016 ainda não é fácil falar sobre isso, nos últimos anos milhares de transexuais foram mortos, porque ainda existe muito preconceito em toda a sociedade. Entretanto, mesmo com todo o preconceito, aos poucos muitas vitórias foram conseguidas, cada vez mais, a transexualidade, a transfobia, a travestilidade vem tornando-se pauta de discussões acerca dos direitos civis, sociais e afins. A dinamarquesa Lili Elbe tornou-se um grande nome por ter sido uma das primeiras transexuais operadas de quem se tem registro. A adaptação cinematográfica do livro A Garota Dinamarquesa, conta a história de Lili e sua descoberta, aceitação e transição como uma mulher transexual.

“ Houve um momento em que eu não era eu. ”
– Einar Wegener
Um projeto que demorou quase dez anos para sair do papel, o que é lamentável, e me arrisco em dizer comum, projetos bons com muita frequência tem dificuldades para serem produzidos, esse não seria diferente. Felizmente, o projeto finalmente ganhou vida com Tom Hooper na direção, e perceptível que a produção passou por muitas modificações com relação ao livro é a biografia da Lili, e possível notar que, romantizaram o Einar e toda a sua transição até a decisão de mudança de sexo, para ficar aquela produção belíssima. Não que tenha ficado ruim, pelo contrário, ficou bom, mas não tão verdadeiro quanto eu esperava, eles se preocuparam mais em romantiza a história e menos em dá realidade a situação é na decisão que o Einar ia tomar.

“ Eu te amo porque você é a única pessoa que me entendeu, que me fez possível. ”
– Einar Wegener



A filme se passa na Copenhagem de 1920, atentando – se sempre a pequenos detalhes da época, seja na caracterização dos personagens ou nos locais, tornando a narrativa mais real. Todo esse cenário mais sóbrio e frio, transparece não apenas o frio europeu, como também a melancolia do filme. A trilha sonora não deixa nada a deseja, ela transmite cada sentimento em seu devido momento, até o silêncio de algumas cenas é revelador.


E impressionante toda a transformação que o ator Eddie Redmayne passa, não estou falando apenas do figurino e maquiagem, mas da versatilidade e entrega dele, fomos comtemplados com duas grandes interpretações digna de Oscar.



Mas mesmo Lili com todo seu glamour, não me chamou tanto a atenção quanto Gerda (Alicia Vikander), ela é a primeira a vê feminilidade em Einar. Porque apesar de ser ele quem viverá toda a luta de ser transgênero, é de Gerda a força que impulsiona Lili a continua a transformação, ela é uma personagem muito forte, que tem que lidar com várias coisas ao menos tempo, porque enquanto ela está ajudando a Lili, ainda precisa lidar com a solidão da perda do marido, cuida da casa e estabelecer sua carreira como pintora. Tudo isso me faz pensar que “A garota dinamarquesa” do título poderia ser a Gerda em não a Lili.



O filme teve quatro indicações ao Oscar 2016 e três ao Globo de Ouro. Para Oscar de melhor ator Eddie Redmayne, para melhor atriz coadjuvante, Alicia Vikander – ganhou como melhor atriz – e também para categorias técnicas como Melhor figurino e Designer de produção.



Indicado ao Globo de Ouro de melhor ator – Eddie Redmayne – melhor atriz – Alicia Vikander – melhor trilha sonora – Alexandre Desplat – o longa é uma produção maravilhosa que provoca várias sensações, por se um daqueles grandes filmes que nos fazem questionam diversos pontos do dia-a-dia.




 renata massa